Quanto mais o bebê escutar os adultos falarem, mais cedo e melhor ele aprenderá a falar.
A evolução do processo da linguagem não ocorre da mesma forma para todas as crianças, ela ocorre aos poucos e cada criança tem o seu ritmo de aprendizagem. Normalmente este processo tem início nas primeiras semanas de vida, quando o bebê direciona olhares e sorrisos à mãe e ao pai para chamar a atenção.
A partir de dois meses de idade, o bebê já balbucia sons, barulhos e vocábulos quando sofre algum tipo de estimulação e chora quando quer chamar a atenção. Porém, é quando se iniciam as primeiras palavras, geralmente por volta dos oito meses, que os bebês nos encantam e nos surpreendem com toda a sua formosura. Basta um simples “aua” ou “papá” ou “mamá” para ficarmos boquiabertos de tanta felicidade!
Vários estudos comprovam: os bebês que convivem com pais, que conversam diretamente com eles, desenvolvem mais rapidamente as habilidades de comunicação.
Portanto, papais, mamães, educadores e cuidadores de bebês podem e devem ajudar no desenvolvimento da fala dos bebês com os simples fato de descrever, narrar e conversar com os bebês sobre tudo o que estão fazendo ou que está acontecendo no ambiente em que o bebê está.
Cante, brinque, conte histórias e tenha tempo para se dedicar integralmente ao seu filho, crie um ambiente emocional saudável e deixe seu filho demonstrar seus sentimentos e suas vontades.
A fase de maior desenvolvimento e quando a criança mais aprende a falar é o período de um a dois anos de idade, é quando a criança começa a transição dos gestos para as palavras e percebemos um uso mais rico e intencional do vocabulário.
É comum a criança desta idade fazer o uso do movimento corporal para expressar suas necessidades, sejam elas relacionadas à fome, sede, dor ou desconforto. Segundo Vygotsky a criança passa por um processo complexo que convencionou-se denominar internalização, tal ato consiste na reconstrução de uma ação interna (mental) de uma operação externa, ou seja uma ação observável e realizada na interação com um parceiro humano.
Desta forma, o que era inicialmente caracterizado pelo movimento passa a se traduzir em gestos que vão gradativamente ganhando mais intencionalidade no sentido de comunicar a vontade da criança.
Os educadores e cuidadores passam a interpretar por exemplo, o ato da criança em estender os braços em direção a um brinquedo ou outro objeto qualquer, como um pedido.
É no ambiente escolar e a partir de intervenções pautadas por intencionalidade didática, que a criança pequena irá aprimorar seus gestos e poderá explorar a multiplicidade de suas funções e manifestações. Desta forma, os educadores passam a ofertar à criança pequenas frases e expressões como: “você quer o carrinho?” ou ainda, “quer o seu copinho?” O exercício diário do conhecimento de novas palavras em contexto real de comunicação com o adulto e pares de idade similar à sua promoverá a expansão do vocabulário da criança e consequentemente, a aquisição da fala.
Considerando os fatores acima mencionados, entendemos os benefícios que o ambiente escolar proporciona à criança, não somente no que diz respeito à aquisição da linguagem oral, mas também na ampliação de suas habilidades motoras e de convívio social.
Aos 24 meses a criança começa a usar verbos e adjetivos e aos três anos já forma algumas frases mais elaboradas e com a ajuda de um adulto já consegue contar histórias. Quando tem 3 e 4 anos, normalmente seu vocabulário é de cerca de 300 palavras o que possibilita contar histórias mais elaboradas. Aos 5 anos se expressa através de frases maiores e mais complexas pois já tem um domínio maior das palavras.
Já falamos sobre a importância dos bebês e das crianças pequenas conviverem, de preferência, com pessoas que conversam, brincam, cantam, contam histórias e os estimulem bastante. Porém, faltou ainda ressaltar que depois da convivência saudável e estimulante dos pais em casa é nos berçários e nas escolas de educação infantil que encontramos um outro ambiente fundamental para que o desenvolvimento da fala aconteça, pois é nas escolas que encontramos profissionais capacitados e habilitados para estimular as crianças além do que tem início a socialização que também contribui muito para que as crianças comecem a falar com desenvoltura.
Ou seja, se você tem condições deve considerar que o seu filho frequente um berçário ou escola de educação infantil desde pequeno. E, já está comprovado que a criança aprende com facilidade a se comunicar em dois ou mais idiomas desde pequeno, portanto considere uma escola de educação bilíngue que valorize a aprendizagem em mais de um idioma.
Considerando que o ideal é uma escola que propicie ao seu filho a aprendizagem no idioma materno (idioma que é falado pelos pais em casa) e em um segundo idioma, que pode ser o inglês ou outro.
Pesquisas comprovam que uma experiência bilíngue na primeira infância melhora as funções do cérebro relacionados à atenção, ao foco e ao registro de informações na mente. Além do que, falar duas línguas tem benefícios práticos óbvios em um mundo cada vez mais globalizado. Ser bilíngue, de acordo com vários estudos, contribui para o desenvolvimento global da criança. Isto acontece especialmente porque ela aprende desde pequena a transitar por dois idiomas diferentes, o que exige que seu cérebro seja exercitado de maneira singular. Falar mais de um idioma pode ter um efeito profundo na plasticidade do cérebro e melhorar as habilidades cognitivas não relacionadas à linguagem.
Crianças expostas desde muito cedo à duas línguas se comunicam facilmente em ambas e mudam com naturalidade de uma para outra. Quando os dois idiomas estão bem equilibrados, as crianças bilíngues têm vantagens de pensamento sobre as crianças monolíngues, o que quer dizer que o bilinguismo tem efeitos positivos na inteligência e em outros aspectos da vida da criança. E, ao contrário do que se pensava, isso não representa nenhum tipo de atraso na aprendizagem.
Muitos estudiosos de bilinguismo dizem que é muito melhor a aprendizagem precoce, ou seja, falar com as crianças ambos idiomas desde o seu nascimento, pois permite o domínio completo das duas línguas, ao contrário do que acontece quando a segunda língua é introduzida a partir dos 3 ou 4 anos de idade.
Portanto, se você quer um filho bilíngue que tenha a mesma facilidade nos dois idiomas matricule-o o mais cedo possível em uma boa escola bilíngue e o prepare desde pequeno para ser um cidadão do mundo.